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Este fórum atua como plataforma de articulação e mobilização para enfrentar desafios sociais, econômicos e políticos, fortalecendo o poder das comunidades locais e incentivando a cooperação entre diferentes atores sociais.
Artigos
Eduardo Leite Impõe 480 Mudanças Drásticas no Código Ambiental do RS
A Alvarez & Marsal (A&M) chega a Porto Alegre como “especialista em reviravoltas”, mas seu histórico nos EUA levanta dúvidas sobre seus métodos e impactos. Vamos analisar seus trabalhos em Saint Louis, New Orleans e outras cidades, além de sua atuação no Brasil, para entendermos melhor a empresa e os riscos e benefícios potenciais da sua presença em Porto Alegre.
Em Saint Louis, foi contratada para otimizar o transporte escolar, mas críticos alegam que a empresa excluiu crianças do sistema, traçou rotas inviáveis e favoreceu seus próprios funcionários. A empresa também sugeriu a privatização do ensino público, priorizando um modelo “comercial” em detrimento da formação crítica.
Já em New Orleans, após o furacão Katrina, a A&M demitiu 7 mil funcionários da educação pública e aprofundou a privatização das escolas através do modelo de “escolas charter”. Essa medida, criticada por Kenneth J. Saltman, retira verbas públicas das escolas e beneficia empresas privadas. Em outras cidades, os contratos com cidades americanas para restaurar serviços públicos ultrapassaram US$ 15 milhões.
Isenção de responsabilidades:
Para o professor da UFRGS, é possível que a consultoria da A&M acabe isentando a Prefeitura da responsabilidade sobre a tragédia e responsabilizando, por exemplo, o Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE) e seus servidores. “Talvez haja um discurso de privatizar o DMAE, assim como foi privatizada a Corsan. A Prefeitura vai bater na crítica de que o sistema é arcaico, de que o DMAE precisa de uma solução a partir do setor privado”, pondera Dasso.
Ex-diretores do DMAE, do extinto Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) e da Corsan, em conjunto com outros especialistas na área, assinaram um manifesto em que sugerem uma série de medidas para reforçar o sistema de proteção contra enchentes em Porto Alegre. Os signatários defendem que o atual sistema é “robusto, eficiente e fácil de operar e manter”, mas que não está operando adequadamente pela falta de manutenção.
“Uma das especialidades dessa empresa é defender os gestores de sua responsabilidade”, pondera Dasso. Não consigo deixar de estabelecer uma relação entre a contratação da A&M e a atuação dela na defesa dos interesses dos gestores, enquanto gestores, e não do poder público”.
Mariana e Brumadinho, cidades mineiras devastadas pelo rompimento de barragens, também tiveram a consultoria da A&M após os desastres. Até hoje, não houve punição das mineradoras responsáveis e muitas vítimas sequer foram indenizadas.
Principais preocupações:
Privatização: A priorização da A&M em privatizar serviços públicos, como educação e transporte, levanta preocupações sobre a priorização do lucro em detrimento do bem-estar social.
Falta de Transparência: A falta de licitações e a obscuridade em alguns contratos geram desconfiança sobre os reais interesses da empresa e a efetividade de seus serviços.
Impacto Social: As demissões em massa e a exclusão de grupos marginalizados dos serviços públicos demonstram a negligência da A&M com o impacto humano de suas decisões.
Sebastião Melo, Alvares & Marsal: Mais Sombras na Recuperação de Porto Alegre
A Alvarez & Marsal (A&M) chega a Porto Alegre como “especialista em reviravoltas”, mas seu histórico nos EUA levanta dúvidas sobre seus métodos e impactos. Vamos analisar seus trabalhos em Saint Louis, New Orleans e outras cidades, além de sua atuação no Brasil, para entendermos melhor a empresa e os riscos e benefícios potenciais da sua presença em Porto Alegre.
Em Saint Louis, foi contratada para otimizar o transporte escolar, mas críticos alegam que a empresa excluiu crianças do sistema, traçou rotas inviáveis e favoreceu seus próprios funcionários. A empresa também sugeriu a privatização do ensino público, priorizando um modelo “comercial” em detrimento da formação crítica.
Já em New Orleans, após o furacão Katrina, a A&M demitiu 7 mil funcionários da educação pública e aprofundou a privatização das escolas através do modelo de “escolas charter”. Essa medida, criticada por Kenneth J. Saltman, retira verbas públicas das escolas e beneficia empresas privadas. Em outras cidades, os contratos com cidades americanas para restaurar serviços públicos ultrapassaram US$ 15 milhões.
Isenção de responsabilidades:
Para o professor da UFRGS, é possível que a consultoria da A&M acabe isentando a Prefeitura da responsabilidade sobre a tragédia e responsabilizando, por exemplo, o Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE) e seus servidores. “Talvez haja um discurso de privatizar o DMAE, assim como foi privatizada a Corsan. A Prefeitura vai bater na crítica de que o sistema é arcaico, de que o DMAE precisa de uma solução a partir do setor privado”, pondera Dasso.
Ex-diretores do DMAE, do extinto Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) e da Corsan, em conjunto com outros especialistas na área, assinaram um manifesto em que sugerem uma série de medidas para reforçar o sistema de proteção contra enchentes em Porto Alegre. Os signatários defendem que o atual sistema é “robusto, eficiente e fácil de operar e manter”, mas que não está operando adequadamente pela falta de manutenção.
“Uma das especialidades dessa empresa é defender os gestores de sua responsabilidade”, pondera Dasso. Não consigo deixar de estabelecer uma relação entre a contratação da A&M e a atuação dela na defesa dos interesses dos gestores, enquanto gestores, e não do poder público”.
Mariana e Brumadinho, cidades mineiras devastadas pelo rompimento de barragens, também tiveram a consultoria da A&M após os desastres. Até hoje, não houve punição das mineradoras responsáveis e muitas vítimas sequer foram indenizadas.
Principais preocupações:
Privatização: A priorização da A&M em privatizar serviços públicos, como educação e transporte, levanta preocupações sobre a priorização do lucro em detrimento do bem-estar social.
Falta de Transparência: A falta de licitações e a obscuridade em alguns contratos geram desconfiança sobre os reais interesses da empresa e a efetividade de seus serviços.
Impacto Social: As demissões em massa e a exclusão de grupos marginalizados dos serviços públicos demonstram a negligência da A&M com o impacto humano de suas decisões.

